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HISTÓRIAS DOS COQUETÉIS
No mês da Cachaça não poderia faltar o coquetel mais popular do mundo na última década, a caipirinha. A história da caipirinha está totalmente atrelada a história do destilado que é febre no mundo, principalmente EUA, e na história do Brasil. Como todos sabem, a cachaça surgiu com os escravos da Capitania de São Vicente, onde ficava o engenho da corte real. Algumas fontes dizem que ela foi descoberta por um acaso: durante o processo de fabricação de rapadura, o que pingava do teto era alcoólico, daí o nome pinga, um dos mais de mil sinônimos da cachaça. Desde o seu início, a cachaça viveu momentos de altos e baixos, primeiro como bebida de escravos, mas participou da inconfidência mineira, da semana da arte moderna de 22, foi sinônimo de bebida de pobre e hoje vive um momento de redescoberta por brasileiros e de descoberta por outros povos. A Alemanha, por exemplo, é um dos maiores atualmente. A caipirinha surgiu em alguma cidade do interior de São Paulo. A mistura de aguardente de cana, limão e açúcar já era grande conhecida por todos da Capitania de São Vicente como excelente remédio contra a gripe. Com os avanços tecnológicos, adicionaram gelo a essa mistura e pouco a pouco ela foi difundida por todo o Brasil e ganhou o mundo. Uma versão interessante para o surgimento da caipirinha foi a que consta no livro O Xangô de Baker Street”, escrito por Jô Soares, que o Dr. Watson, amigo de Sherlock Holmes, criou a caipirinha para evitar que o Sherlock sentisse algum mal estar se provasse a cachaça com limão. Vale a pena assistir o filme homônimo. Para quem não sabe a caipirinha e a cachaça seguem algumas regras para serem fabricadas. A Caipirinha, por exemplo, deve ser feita de Cachaça, limão e açúcar,com graduação alcoólica entre 15 e 36 graus e temperatura de 20ºC, podendo adicionar água para que a graduação alcoólica fique dentro do estipulado. Uma curiosidade sobre o modo de preparo da Caipirinha é que não existe corte específico do limão, porém a maioria dos bartenders dizem que é necessário a retirada do miolo para não amargar o coquetel. Entretanto, o que poucos sabem é que o miolo é retirado na maioria das vezes para facilitar a extração do sumo do limão. Já realizei testes e o miolo não interfere no sabor. E o óleo que sai da casca do limão é parte do sabor da Caipirinha. Um fato importante para a fama mundial da Caipirinha aconteceu em 1993, quando o então presidente da Associação Brasileira de Bartenders (ABB) e Vice-Presidente da Associação Internacional de Bartenders (IBA), Derivan de Souza, defendeu que o coquetel legitimamente brasileiro deveria fazer parte da lista dos Coquetéis Populares IBA. A Caipirinha tem diversas versões, trocando o limão por morango, abacaxi, kiwi, lichia, caju ou misturando todas as frutas. Pode-se alterar também o destilado, mas nesse caso não será mais uma Caipirinha. Quando há a mudança do destilado ela ganha outros nomes, por exempo: se for usado Vodka, é Caipiroska e se for Rum, chama-se Caipiríssima. Mas o mais importante é ter em mente que Caipirinha é coquetel sim e um dos mais apreciados no Brasil e no mundo. Aos bartenders, tenham orgulho, paixão e dedicação ao preparar uma caipirinha, assim como tem ao preparar qualquer outro coquetel. Veja aqui a receita do CAIPIRINHA
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